A CANETA

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A caneta.

O que seria da humanidade sem uma de suas melhores armas? A máquina de (re)produzir palavras e pensamentos. Conhecida como caneta.

O que seria do poeta sem a tinta? Ou do jornalista sem a redação? Do pintor e desenhista sem os riscos que a caneta faz?

A caneta escreve, marca e grifa. Ressalta o que é importante. Resume a vida em cores padrões: azul ou preta, com título em vermelho.

Sinto falta dela. Pobre caneta, esquecida pelo mundo, perdida pelos versos digitais, e arquivos nomeados texto1.doc. 

Dizem que escrever a mão faz memorizar mais fácil. A caneta traduz meus versos em arte física. 

Minha, só minha. Arte particular que fica trancafeada num caderno só meu. Escrito à caneta. Sem chances de ser apagada. 

A caneta marca o fato de o que foi feito não pode ser desfeito. E quando se tenta corrigir, as coisas borram e mancham.

Miguel Silva 6-12-15

Alexandre Miguel

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Mineiro, Belo Horizonte. Estudante de Letras na UFMG. Aspirante a professor e poeta nas horas vagas. .

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